Blog |
Quem cuida dos cuidadores?“Na nossa vida não podemos ambicionar a fazer grandes coisas. Só podemos fazer pequenas coisas com grande amor.” - Madre Teresa de CalcutáA vida de um cuidador é dedicada à assistência a outras pessoas. Seja como cuidador informal ou numa tarefa remunerada, para a maior parte dos cuidadores o apoio é uma missão, é dar o seu melhor para ajudar alguém que precisa, estar presente na altura certa, manter a dignidade de quem entra em situação de dependência mais ou menos profunda. Mas esta atividade, por muito que seja feita com todo o coração e dedicação, e por mais que proporcione uma sensação de satisfação plena, provoca um grande desgaste. Nem sempre há um sentimento de reconhecimento ou gratidão por tudo o que o cuidador dá de si no processo de cuidar de alguém. Mais de 40% dos cuidadores apresentam sinais de stress e ansiedade. Perto de 25% sentem desgaste físico, principalmente com queixas de dores nas costas. Quase 20% revelam sintomas de depressão. Tudo se conjuga para que grande parte dos cuidadores acabem por ter uma baixa qualidade de vida, problemas de saúde, falta de tempo para si, privação de sono e uma sensação de geral de grande responsabilidade e muito pouco apoio. Os cuidadores informais têm ainda de gerir os seus empregos, família e vida social. Pode ser uma tarefa esmagadora. Por tudo isto, é muito importante que os cuidadores tenham atenção às suas próprias necessidades. Um cuidador que cuide de si próprio – física e emocionalmente – será um cuidador mais apto para cuidar de alguém. O primeiro passo para lidar com o stress do cuidador é reconhecer os sintomas mais comuns. Estes são alguns dos sinais que revelam que alguma coisa pode não estar bem: De ordem física:
No plano psicológico:
Se sente alguns dos sinais acima identificados, considere fortemente falar com um profissional de saúde – médico ou psicólogo – que o poderá ajudar a avaliar a sua situação. Não sinta vergonha ou desconforto em falar sobre este tema. Mesmo se estiver a cuidar de um familiar e quase lhe pareça uma obrigação, isso não evita que o desgaste se vá acumulando. Nem o cuidador nem a pessoa de quem cuida terão qualquer benefício se o cuidador adoecer. Cuide de si, para cuidar melhor dos outros! |